Lidando com a dislexia - Jornal Hoje - 04.10.2007

"Nicole Cecim, de 10 anos, já cansou de ouvir ofensas dos amigos, e até de professores. “Já disseram que eu sou preguiçosa, que não me esforço”, conta.
A menina tem dislexia, um distúrbio que prejudica o aprendizado. A criança com dislexia tem dificuldades para ler, escrever e interpretar textos, e também para memorizar.
O diagnóstico de Nicole foi feito na Associação Brasileira de Dislexia. A psicóloga Mônica Bianchini explica que o distúrbio é hereditário, e que não é uma doença. “A dislexia é uma disfunção neurológica: a informação faz um caminho mais longo e demora um pouco mais para se processada”, explica.
A associação estima que 10% da população brasileira sofre de dislexia, e o importante, nestes casos, é fazer o diagnóstico precoce.
Um colégio de São Paulo tem tradição no atendimento a alunos com o distúrbio. Na quarta série, algumas crianças ainda penam para escrever. “Acréscimos de letras, trocas, inversões e omissões de letras podem caracterizar essa dificuldade”, diz o orientador educacional, Mario Angelo Braggio.
Na escola, os educadores respeitam o ritmo de aprendizagem dos alunos com dislexia. Eles recebem uma atenção especial do professor; muitos sentam na primeira fila. Nas provas, esses estudantes podem usar os livros para consultar conteúdos; para resolver um problema de matemática, a tabuada e a calculadora estão liberadas.
“Nós utilizamos também outros recursos, como gravuras, desenhos, materiais pedagógicos. Sem o auxílio desses instrumentos, o aluno vai ter dificuldade de se expressas”, acrescenta a orientadora pedagógica Regina Rodrigues Miguel.
Esse distúrbio começa a ser identificado entre os 7 e os 14 anos, quando as crianças começam a apresentar problemas na escola."

Alunos com dislexia ficaram sem apoios - JN 20.05.2009

"A grande maioria dos alunos com dislexia está sem apoios especiais de educação. Um decreto-lei do ano passado só inclui os casos muito graves, o que está a deixar os pais preocupados, sobretudo, em época de exames nacionais.
Os encarregados de educação de crianças e jovens disléxicos estão agora a confrontar-se com os efeitos de uma alteração à lei do ensino especial do ano passado. A dislexia saiu da lista de doenças que motivam necessidades educativas especiais, de forma automática, como acontecia. A dislexia afecta cerca de 50 mil menores e, segundo a Associação Portuguesa de Dislexia, cerca de 5 mil farão exames nacionais do 9.º ano como se não tivessem qualquer limitação.
Uma encarregada de educação do Algarve, por exemplo, atravessou um mar de burocracia até conseguir um relatório psicológico que comprova a dislexia diagnosticada ao seu filho, logo no primeiro ciclo do ensino básico. O jovem, que frequenta agora o 12.º ano, teve apoio ao longo de todos estes anos, vendo-se agora privado dele.
Num requerimento enviado ao Ministério da Educação, e que ainda não obteve resposta, pede que, pelo menos, seja atribuído ao jovem um júri especial para os exames nacionais do 12.º ano que terá de realizar no final do ano lectivo.
"Até aqui, as crianças disléxicas tinham direito automático a esses júris, nos exames nacionais. E um apoio ao longo do ano, como aulas particulares de reforço. Para além disso, na avaliação das crianças disléxicas, os erros ortográficos (uma das principais características da dislexia), não eram levados em conta e era-lhes facultado mais tempo para a realização da prova", disse ao JN.
Helena Serra, presidente da Associação Portuguesa de Dislexia, com sede no Porto, explica que o Decreto-lei 3/2008, que alterou as regras relativamente à educação especial, deixa de fora a grande maioria dos alunos disléxicos, uma vez que só inclui "casos muito graves". Em Janeiro, a Associação entregou sugestões ao governo no sentido de incluir no ensino especial todos os jovens com aquela perturbação, mas, segundo Helena Serra, "a postura" do Ministério da Educação não aprece apontar nesse sentido.
Para a presidente da APDIS, é fundamental que todos estes jovens recebam apoio especializado obrigatório, para além de uma adaptação das condições de avaliação à sua situação.
Os alunos do 4.º e 6.º anos do ensino básico estão, esta semana, a realizar as provas nacionais de aferição, sendo que, desta vez, segundo Helena Serra, já não haverá júri especial para avaliar a prestação das crianças com dislexia. "Em muitas escolas, os professores estão a aconselhar os pais destas crianças a não as deixarem fazer a prova", denuncia.
É que, se avaliados pelos mesmos métodos usados para as outras crianças, vão ter resultados que os deixarão "muito diminuídos".
Contactado pelo JN, o gabinete de Imprensa do Ministério da Educação remeteu-nos para uma nota sobre educação especial, emitida em Abril, pelo secretário de Estado Valter Lemos, em resposta a uma crítica da Fenprof sobre o desinvestimento neste tipo de ensino. Valter Lemos rejeita o tal desinvestimento e afirma que "todas as crianças que precisem de apoio serão apoiadas". O secretário de Estado diz mesmo que "se existir alguma criança que não tem apoio, e deva tê-lo, as famílias devem contactar os serviços, a escola, o Ministério da Educação, para conseguir esse apoio".

Lei nº 21/2008 – Educação Especial

A Lei 21/2008 de 12 de Maio é a primeira alteração, por apreciação parlamentar, ao Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, que define os apoios especializados a prestar na educação pré -escolar e nos ensinos básico e secundário dos sectores público, particular e cooperativo.
Os artigos 1.º, 4.º, 6.º, 23.º, 28.º, 30.º e 32.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, passam a ter redacção modificada.

Formação Como Diagnosticar, Intervir e Reeducar a Dislexia, Desortografia e Disgrafia - Maio 2010

DATA
27 Maio 

PROGRAMA
Módulo I. Conceitos Importantes
1.1 Conceitos Importantes
1.2 Perturbação da Aprendizagem
1.3 Sintomatologia da perturbação da Aprendizagem
1.4 Causas possíveis da perturbação da Aprendizagem
1.5 Perturbação da Leitura
1.6 Características essenciais da perturbação da Leitura
1.7 Sintomatologia das Perturbações da Leitura

Módulo II. Perturbações da Escrita e Leitura: Dislexia
2.1. Perturbação da Aprendizagem: Dislexia
2.2 Tipos de Dislexia
2.3 Subtipos de Dislexia
2.4. Sintomatologia de Dislexia
2.5 Avaliação da Dislexia
2.6 Avaliação Neurológica e Percepção
2.7 Motricidade
2.8 Funcionamento Cognitivo, Psicomotricidade
2.9 Funcionamento Psicolinguistico, Linguagem
2.10. Desenvolvimento Emocional
2.11 Intervenção: A Reeducação da Dislexia
2.12 A Educação Multissensorial e Psicomotora
2.13 Treino Perceptivo-Motor
2.14 Treino da Leitura e da Escrita

Modulo III - Perturbação do Cálculo: Discalculia
3.1 Conceito de Discalculia
3.2 Características essenciais das Perturbações do Calculo
3.3. Subtipos de Discalculia
3.4 Alguns Sintomas de Discalculia

Modulo IV. Perturbação da Escrita: Disortografia
4.1 Conceito de Desortografia
4.2 Criterios para diagnosticar a Desortografia
4.3 Causas da Desortografia
4.4 Avaliaçao da Desortografia
4.5 Intervenção e Reeducação na Desortografia

Modulo V. Perturbação da Escrita: Disgrafia
5.1 Definição de Disgrafia
5.2 Causas prováveis da Disgrafia
5.3 Consequências da Disgrafia
5.4 Disgrafia Desenvolvimentista
5.5 Disgrafia Adquirida
5.6 Avaliação da Disgrafia
5.7 Intervenção e Reeducação
5.8 Bibliografia

DESTINATÁRIOS
Finalistas de Psicologia, Psicólogos e a todos os Profissionais da área da Saúde, que pretendam adquirir ou consolidar conhecimentos nestes temas específicos.

LOCAL
E-learning

PREÇO                                                                                                   100,00€

Formação em Avaliação Psicológica em Crianças e Adolescentes - Maio 2010

DATA
27 Maio 

PROGRAMA
 Apresentação
   - Avaliação Psicológica
   - O que é a Avaliação Psicológica?

Figura Complexa de Rey
   - Introdução
   - Ficha Técnica
   - Material
   - Âmbito de Aplicação
   - Normas de Aplicação
   - Correcção
   - Pontuação
   - Aferição Portuguesa
   - Possíveis Resultados
   - Quadros e Tabelas
   - Caso Clínico

Matrizes Progressivas de Raven
   - Introdução
   - Escala SPM
   - Utilidade do Teste
   - Constituição da Escala SPV
   - Descrição do Teste
   - Contexto de Avaliação
   - Avaliação do Módulo

Bender
   - Introdução
   - Material
   - Instruções
   - Aplicação
   - Cotação
   - Folhas de Anotação
   - Grelhas de Correcção
   - Avaliação Final

WISC - III
   - Introdução
   - Conceito de Inteligência
   - Organização da Escala
   - Administração da Prova
   - Tempo de Administração
   - Condições Físicas de Administração
   - Constituição da WISC - III
   - Sugestões Para Sessões de Avaliação
   - Escala Verbal
   - Prova Informação
   - Prova Dígitos
   - Prova Vocabulário
   - Prova Aritmética
   - Prova Compreensão
   - Prova Semelhanças
   - Escala de Realização
   - Prova Completar Figuras
   - Prova Dispor Figuras
   - Prova Cubos
   - Prova Composição de Objectos
   - Prova Código
   - Notas Importantes
   - Descrição de Todas as Provas
   - Avaliação Final

DESTINATÁRIOS
Estudantes e Profissionais da área da Psicologia, que pretendam adquirir ou consolidar conhecimentos neste tema específico.

LOCAL
E-learning

PREÇO      
80,00€



Formação - Como Diagnosticar, Intervir e Reeducar a Dislexia, Desortografia e Disgrafia - Maio 2010

DATA
20 Maio 

PROGRAMA
Módulo I. Conceitos Importantes
1.1 Conceitos Importantes
1.2 Perturbação da Aprendizagem
1.3 Sintomatologia da perturbação da Aprendizagem
1.4 Causas possíveis da perturbação da Aprendizagem
1.5 Perturbação da Leitura
1.6 Características essenciais da perturbação da Leitura
1.7 Sintomatologia das Perturbações da Leitura

Módulo II. Perturbações da Escrita e Leitura: Dislexia
2.1. Perturbação da Aprendizagem: Dislexia
2.2 Tipos de Dislexia
2.3 Subtipos de Dislexia
2.4. Sintomatologia de Dislexia
2.5 Avaliação da Dislexia
2.6 Avaliação Neurológica e Percepção
2.7 Motricidade
2.8 Funcionamento Cognitivo, Psicomotricidade
2.9 Funcionamento Psicolinguistico, Linguagem
2.10. Desenvolvimento Emocional
2.11 Intervenção: A Reeducação da Dislexia
2.12 A Educação Multissensorial e Psicomotora
2.13 Treino Perceptivo-Motor
2.14 Treino da Leitura e da Escrita

Modulo III - Perturbação do Cálculo: Discalculia
3.1 Conceito de Discalculia
3.2 Características essenciais das Perturbações do Calculo
3.3. Subtipos de Discalculia
3.4 Alguns Sintomas de Discalculia

Modulo IV. Perturbação da Escrita: Disortografia
4.1 Conceito de Desortografia
4.2 Criterios para diagnosticar a Desortografia
4.3 Causas da Desortografia
4.4 Avaliaçao da Desortografia
4.5 Intervenção e Reeducação na Desortografia

Modulo V. Perturbação da Escrita: Disgrafia
5.1 Definição de Disgrafia
5.2 Causas prováveis da Disgrafia
5.3 Consequências da Disgrafia
5.4 Disgrafia Desenvolvimentista
5.5 Disgrafia Adquirida
5.6 Avaliação da Disgrafia
5.7 Intervenção e Reeducação
5.8 Bibliografia

DESTINATÁRIOS
Finalistas de Psicologia, Psicólogos e a todos os Profissionais da área da Saúde, que pretendam adquirir ou consolidar conhecimentos nestes temas específicos.

LOCAL
E-learning

PREÇO                                                                                                   100,00€

Formação Dislexia, Disgrafia e Disortografia - Maio 2010


DATA
25 Maio – 27 Junho 2010
PROGRAMA 
1. Breve Perspectiva Histórica  
2. Definições  
3. Possíveis Causas/Teorias Explicativas  
4. Aprender a Ler: Modelo Fonológico  
5. Prevalência e Persistência ao Longo da Vida  
6. Sinais de Alerta da Dislexia  
7. O Diagnóstico  
8. Comorbilidades Associadas à Dislexia  
9. Estratégias de Intervenção  
10. Recursos para Trabalhar com Crianças com Dislexia e Disortografia  
11. Estratégias e Recursos para Trabalhar a Disgrafia  
12. Intervenção com Adultos 

DESTINATÁRIOS
Pais, educadores, professores e outros profissionais nas áreas da saúde e educação.
                                                                                                               
LOCAL
E-learning
 
PREÇO     60,00€

Dislexia - Testes de Avaliação dos Processos Fonológicos:

O diagnóstico de dislexia é algo complexo e tem de ser realizado a vários níveis, sendo o a questão fonológica um muito importante. De seguida uma pequena lista relevante para este diagnóstico:
Mais testes psicológicos

Dislexia - Testes de Avaliação da Percepção e Memória Auditiva:

 Estes são um exemplo de testes que poderão ser utilizados para o diagnóstico correcto da dislexia a nível da avaliação da percepção e memória auditiva:
  • Diagnóstico das Aquisições Perceptivo-Auditivas (DAPA)
  • Lindamood Auditory Conceptualisation Test (LAC)
Mais testes psicológicos

Dislexia - Testes de Avaliação da Psicomotricidade e Dominância Lateral

Para avaliar a nível de psicomotricidade e  lateralidade, com vista a um diagnóstico de dislexia, torna-se necessário e importante recorrer à utilização destes testes:
Mais testes psicológicos 

Dislexia - Testes de Avaliação da Percepção e Memória Visual

Para a realização de um correcto diagnóstico de dislexia é necessário avaliar a percepção e a memória visual. Poderá ser feito através dos seguintes testes:
  • Figura Complexa de Rey
  • Reversal Test
  • Teste de percepção de Diferenças (TPD)
  • Teste de retenção Visual de Benton (TRVB)
Mais testes psicológicos

Dislexia - Testes de Avaliação Cognitiva

Diagnsticar correctamente a dislexia é uma tarefa que implica a realização de diversos testes, nomeadamente de avaliação cognitiva.
De seguinda uma pequena lista com alguns considerados mais relevantes:
  • WISC
  • Aptidões Mentais Primárias (APM)
  • Bateria de Aptidões para a Aprendizagem Escolar (BAPAE)

Aluna disléxica sem tolerância de tempo num exame

"O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) lamentou hoje que uma aluna com dislexia de Oliveira de Frades tenha alegadamente sido impedida de utilizar uma tolerância adicional de tempo na realização do exame de Português, sexta-feira.
"Apesar de os pais, os professores e a escola terem instruído todo o processo relativo ao facto de ser disléxica, a aluna não teve mais meia hora. Nesse dia, o professor ligou para o júri nacional do exame e disseram-lhe que este ano não havia esse direito", afirmou à Agência Lusa Francisco Almeida, daquele Sindicato.
O sub-director da escola secundária de Oliveira de Frades, António Paulo, rejeitou que tenha sido negado algum direito à aluna, que está sinalizada como tendo necessidades educativas especiais, contando que "precisou de mais 30 minutos e usou-os, ninguém lhe arrancou o teste".
Explicou à Lusa que "a dislexia não impede os alunos de fazerem os exames nacionais de Português e Matemática, tendo estes direito a uma tolerância de tempo de 30 minutos".
"O despacho 3536/2009, de 28 de Janeiro, veio alargar esse direito a todos os alunos", explicou.
António Paulo disse desconhecer o contacto alegadamente feito entre o professor e o júri e garantiu não ter ainda recebido qualquer queixa dos pais da aluna.
O Sindicato faz uma leitura diferente da legislação.
Francisco Almeida frisou que o decreto-lei nº 3/2008 estabelece que as crianças com necessidades educativas especiais "não podem ficar na mesma situação dos colegas, tem de haver uma discriminação positiva".
Neste âmbito, ainda que o despacho de Janeiro tenha vindo a estender a meia hora de tolerância a todos os alunos, o Sindicato considera que casos como o da aluna da escola de Oliveira de Frades "têm sempre que ter mais tempo".
O dirigente sindical lamentou que o Ministério da Educação não tenha dado instruções sobre esta situação, exemplificando com a Escola Básica 2/3 Grão Vasco (de Viseu), "que instruiu o processo mas até hoje não obteve resposta".
O presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, disse à Lusa que actualmente "todos os alunos têm direito a esta meia hora, ainda que sejam os alunos com dislexia que mais precisam" dela.
"A confirmar-se a veracidade do que foi denunciado, através de uma participação fundamentada dos pais e não do Sindicato, a aluna terá direito a uma nova prova", referiu, lamentando que "o sindicato, que tal como a CONFAP não esteve no local do exame, tenha passado para a comunicação social uma notícia alegadamente falsa".
"O Ministério da Educação divulgou ao início da noite um comunicado onde refere que "estas situações não foram identificadas e os relatos suportaram-se apenas em declarações públicas de dirigentes do SPRC".
Segundo o comunicado, ambas as escolas "declaram que cumpriram integralmente a legislação".
"O júri nacional de exames não recebeu qualquer queixa relacionada com este assunto ou outro qualquer", garante, acrescentando que, no entanto, "sempre que um aluno entender que foi prejudicado na sua prestação, deve apresentar uma reclamação" ao júri e, "se o reclamante tiver razão, fará outra prova".
O Ministério da Educação esclarece ainda que "não está prevista no regulamento de exames a atribuição de qualquer tolerância além da estipulada no despacho 3536/2009, que refere que todos os exames nacionais dos ensinos básico e secundário têm trinta minutos de tolerância".
Fonte: Lusa/Expresso

Dislexia: Avaliação e Intervenção

Data
7 Maio 2010 - 18h30 /22h30

8 e 15 Maio 2010 - 9h30/ 13h00 e 14h00 /17h30


Local
ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada